quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Versátil como o ovo e a batata



Nos anos 2000 tivemos o boom dos multitasks. Pessoas que tinham que dominar diversas funções. Era a época dos fotógrafos/designer/dj/promoter/twitteiro/blogueiro. Se houvesse uma indústria de clonagem, seria a hora de oferecerem seus serviços.

Era o momento de cortar a especialização e abraçar diversas carreiras. Lindo na teoria né? Isso causou uma confusão com o vindos da geração X e os futuros profissionais da líquida Y. A versatilidade confundiu-se com vocações passageiras que soavam como apenas uma hashtag na vida virtual.

Temos que saber um pouco de tudo? Não necessariamente, mas como seres pensantes e curiosos é bom tentar coisas novas até achar uma ou três vocações que lhe tragam sustento e satisfação.

Sobre o título deste post; usei a analogia do ovo e batata. O ovo pode ser frito, mexido, cozido, pochet, crú, base para bolos, panquecas, bebidas e diversos pratos. A batata pode ser assada, cozida, frita, amassada, ralada e ser encontrada, também, numa infinidade de laricas.

Seja ovo, seja batata e seja versátil com foco.

Abs/bjs

Música: Beastie Boys - Egg Raid on Mojo


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Nem como Brangelina, nem igual Bonner e Fátima. Quero uma relação feliz enquanto dure.



2016 está sendo um tsunami na vida de muitas pessoas. Fora toda crise social, guerra de classes e adaptações que todos estão passando, temos que lidar com notícias de separações de famosos e pessoas próximas. Falou-se muito do ponto final entre Fátima Bernardes e William Bonner, um casal instituição para muitos brasileiros. Agora "Brangelina" não existe mais. Os hollywoodianos Brad Pitt e Angelina Jolie decidiram que sua união já não estava sendo boa para seus filhos e decidiram entrar com processo de divórcio.

Ambos casais representam muito o amor perfeito para boa parte da população. Confesso que nunca me empolguei com eles. Especialmente pelo excesso de perfeição que passavam. Uniões tem lá seus defeitos. Isso torna , em parte, a relação interessante dando aos dois chance de trabalharem a compreensão, paciência e botar o próprio amor na balança. Isso tiro o tédio e nos faz crescer a cada dia.

Todos sonham com o amor perfeitinho, clean, sem odores, sem diferenças...mas até mesmo Brad e Angelina tinham seus dias de colocar o amor à prova.

Passei por um namoro longo de sete anos, não estava preparado, mas foi uma escola. Tive a sorte de ter alguém muito paciente comigo. Quando me separei foi um choque, mas já estava feito e tinha que tocar a vida sem olhar pra trás. Coisa difícil para um sagitariano.

Depois de seis anos encontrei uma pessoa madura e estou vivendo um dia de cada vez com mais calma, sem tudo ser uma disputa ou motivo de briga. Sem querer a perfeição ou a loucura de uma paixão adolescente irresponsável. Em cada época da vida descobrimos o amor de diversas maneiras.

Essas separações de celebridades causam uma comoção, mas lembrem-se; eles tiveram uma história longa, se mantiveram, meio, discretos e nesses tempos líquidos e fúteis quem permanece mais de dois anos com alguém se doando e aprendendo dia a dia já está no lucro.

Abs/bjs

Música: Washed Out - Soft


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Confusão musical e histórica



Sabe aquela música Johnny B. Good do Elvis Presley? O mesmo que cantava Hey Jude daquela banda Rolling Stones que o vocalista Steven Tyler que fez parte do Guns n Roses mudaram o rock no movimento grunge com a banda Foo Fighters do cara mascarado que fez aquela música Around The World e tocava na Rave junto com a Born Slippy do The Prodigy e anos depois formou o Strokes. Estourou nas paradas com Seven Nation Army e revolucionou toda a bagaça com o LCD Soundsystem de um tal de James Murphy. Parente do ator de Um Tira da Pesada que investiu igualmente pesado num tal de Justice. Um duo de witchouse, mas aí ele se enroscou com uma tal de Taylor Swift, gravou um lance chamado EDM , encheu o rabo de grana com o single Hey Brother e nessa onda foi produzir a Madonna com o sucesso Hotline Bling e ganhou artista do ano em 2016 com o nome de Grimes que enlouqueceu nas drogas naturebas e criou um tal de vaporwave pós trintage...tipo isso.

Abs/bjs

Música: New Order - Confusion

O brilho de ser inadequado



Já dizia o caduco ditado popular ; "A primeira impressão é a que fica". Pois bem, você já deve ter sido julgado num contato rápido com alguém e fez o mesmo quando papeou com uma pessoa que não estava num dia bom ou disposta a situação de trocar ideia.

Tem casos que dar uma segunda chance é necessária pois nesses momentos enxergamos que aquele ser outrora detestável e amargo, é de fato uma companhia interessante e com humor não muito adequado às massas.

E numa outra esfera, tem o tipo que é legal demais no primeiro contato e quanto mais trombamos a pessoa percebemos um vazio e uma veia teatral que pode beirar a sociopatia. Dê uma chance para os chamados ranzinzas, misteriosos (as) e inadequados (as), garanto que depois de um tempo se tornarão ótimos amigos (as) que não terão a obrigação de serem o  Mr. ou Miss Simpatia em todas as horas.

Abs/bjs

Música: DJ Shadow - The Mountain Will Fall

Luto tem que virar luta



Neste início de 2016 diversas pessoas conhecidas,e próximas, perderam entes queridos. Pai, mãe, avó, avô, e talvez para todos eles (as) a passagem para o mundo espiritual de figuras famosas da mídia não importe tanto. A morte é um processo que nos acompanha desde que saímos de ventre e nos traz medo e urgência em viver e completar o quadro de tarefas dadas do "livro de regras da vida" que ainda não conta com edição digital.

A perda de alguém próximo pode causar uma tristeza e um baque fazendo com que alguns mergulhem na tristeza por tempo indeterminado ou usem a experiência para acordar e mudar a vida desapegando de velhos valores e buscando uma existência menos focada no material, sofrimento e complicação.
Meus sentimentos a todos que estão passando por isso, não é um caminho fácil superar, a saudade tem que ser transformada em algo bom e o luto em luta.

Abs/bjs.

Música: Desmond Dekker - Live & Learn

Há quatro anos atrás



Em 2016 completaram 4 anos que minha mãe se foi para o mundo espiritual e deixou muitas saudades e bons ensinamentos. 

Desde criança ela me falava para seguir meus sonhos, ter ideais que ajudem, e não prejudiquem, os outros. Sempre tive meus medos, mas o maior de todos era perdê-la. Bom, isso aconteceu, passei um tempo sem chão, quase me afundei nesse período preso em relacionamentos ruins, vivendo a tristeza da minha família e provocando abusos que quase comprometeram minha saúde. 

Procurei ajuda, me tratei, me libertei de diversas coisas, e pessoas, que me faziam mal e resolvi seguir meu caminho sem usar esse episódio como um escudo ou desculpa para ser mal comigo mesmo ou com tudo a meu redor.

Atualmente penso com alegria nela, me dá coragem para lidar com as decepções do dia a dia sem revolta e sem culpar terceiros e me dá força para cuidar diariamente do meu pai com todo carinho e paciência que ela teve comigo e meus irmãos. Te amo e sei que você continua linda e nos observando no plano espiritual.

Abs/bjs

Música: The Intruders - I Always Love My Mama

Social Media


Socializamos, twitamos, postamos, adicionamos, compartilhamos, divulgamos,
lemos, ouvimos, curtimos, amamos, respondemos & debatemos.

Snapchateamos e adoramos as estrelas cadentes do YouTube que pesquisamos.

Somamos?

Abs/bjs.

Ouvido sem idade



Quando era adolescente trabalhei em lojas de disco e isso formou boa parte do meu caráter musical (um tanto diversificado) e fez com que eu não acreditasse mais em dogmas sonoros. De uns tempos pra cá a rotina em estúdio mudou minha maneira de ouvir outros artistas e influenciou até a minha maneira de resenhar discos. Bom, nem sempre fui esse cara interessado em escutar tantos estilos musicais. Tinham aqueles 2,3 gêneros que gostava e fechava a porta para coisas que considerava, um tanto, exóticas e fora do meu mundinho.

Tudo mudou em 1996 quando um conhecido músico dos anos 80, que era cliente da loja em que trabalhava, me abriu os olhos. Ele reclamava de toda cena musical da época, das bandas, dos nomes das bandas e que a música tinha que ter parado no fim da década de 70. Até bandas que depois ficaram famosas como Radiohead e Massive Attack não fugiam de sua língua afiada. Eu o achava engraçado pelo excesso de mau humor, mas um lado meu começou a desejar não se transformar naquilo quando estiver perto dos 40. Era triste imaginar esse cenário; a pessoa que se fecha numa bolha e vive num determinado período da vida.

Tem muita coisa pra ser ouvida e descoberta. É só fazer bom uso de seus gadgets e sua conexão com a rede. Podemos estar vivendo um choque de gerações, mas é possível que ele seja saudável, e se fugirmos dos veículos que privelegiam o mainstream e o funesto “jabá” , temos um mundo de artistas e produtores pedindo para serem descobertos por você. 

Abs/bjs.

Música: Flume - Helix

Humor



Senso de humor é só um detalhe? Não, eu não acho. É a cola para manter os cacos da vida unido. Não é ótimo quando seus amigos entendem suas piadas...mesmo que sejam terrívei ? E a alegria de ter alguém que acha graça naquela mesma cena de filme, diálogo de sitcom ou episódio de um desenho animado que passa dos limites?

Devemos prezar o riso, o humor, parar de usar a capa de "cool", nos permitir a rirmos de bobagens do cotidiano. Não precisa largar seus filmes do Bergman, ciclo de filmes de artes, seriados dramáticos, mas amenize sua carranca e tente rir de alguma leseira. 

abs/bjs.

Música: Velocity Girl - I can´t Stop Smiling

Não é uma feira de trocas



Relações são trocas. Não adianta despejar suas tristezas e problemas num dia e depois virar as costas para quem te deu o ombro (e ouvidos). Lembrem-se que ingratidão não é um karma bom para se plantar. 

Compartilhar energia com quem está bem, todos querem, mas também não há como iluminar alguém que nega ajuda a si próprio.Se alguém que vocês conhecem está nessa situação, tentem dar suporte, mas não levem aquela energia pesada pra casa junto com suas outras preocupações diárias. E se a pessoa for incapaz de agradecer e reconhecer, vocês já fizeram sua parte. Sigam tranquilos (as) que a vida faz o resto. 

Abs/bjs.

Música: PIL - Disapointed

Diferentões



Ser diferente nos anos 80 e 90 não era  status de que você era legal. E sim de que você não se encaixava e seria vítima de piadas e agressões diárias no ambiente acadêmico. De uns anos pra cá ser nerd, estranho e diferentão tomou outra ótica. Finalmente vimos até a garota popular ostentar sem vergonha um óculos e o atleta bonitão usar um suéter e assumir que curte bandas fofinhas.

Eu era o arquétipo da criança freak. Colecionava insetos, era viciado em super-heróis japoneses, sofria de dda e me interessava por causas políticas. Ei, é esse que vamos apavorar o ano todo.

Frequentemente via meus coleguinhas que ostentavam óculos e aparelhos serem tirados e imaginava: Algum dia seremos como os caras do filme “A vingança dos nerds” e vamos sambar na cara de todo esse povo padrão?

Sim, com a explosão do grunge e indie rock, os nerds tornaram-se atraentes, aceitáveis e fashion. Descobriram que eram bons namorados, poderiam solucionar certos problemas difíceis do dia a dia e sempre teriam bons livros e discos em suas coleções. Finalmente passamos de Loser para Boss.

Claro que atualmente tem muito nerd sem conteúdo por aí se escondendo em suas cascas de ar irônico e seus looks que parecem fazer parte de um exército em que poucas figuras peculiares se destacam. Mas toda vitória tem seu preço, não é? 

Abs/bjs.

Música: Nirvana - Serve the Servants

Sitcom



Se minha vida fosse uma série, seria algo com trechos de How I Met Your Mother, Seinfeld e sketches do Porta dos Fundos. Quem me conhece sabe as coisas absurdas que acontecem comigo. E não são factóides ou devaneios e sim pérolas do absurdo e humor pastelão involuntário.

Hoje cedo chequei a nefasta caixa “filtered” do Facebook (ah...o Face, rendendo mais bafo que discussão sobre religião e política) e está ali uma pessoa que fui muito cordial em 2010, mas ele pedia para que eu o lamçasse como artista para ir para gringa como outros conhecidos e amigos meus foram. E além do mais, pagar suas gravações...calma, a coisa vai ficar mais maluca ainda...ele mandou um plano de carreira pedindo ajuda e dinheiro a outros artistas que também questionaram sua falta de noção e sanidade.

Haviam diversas mensagens com textos verborrágicos pedindo para que eu o adicionasse e que incluísse fotos dele no meu perfil pessoal porque precisava de comments e likes...e aceitando mandar umas fotos minhas para legitimar que ele me conhecia. Sei, parece papo de retardado, mas isso rolou e por isso estou compartilhando com vocês.

Deletei, bloqueei e fiquei de cara como essa situação poderia ter acontecido num bom episódio de sitcom, aliás, quando encontrar um de vocês pessoalmente eu conto mais sobre isso pois nem escrevi metade dos absurdos que me fizeram rir tanto na hora do café.

O que o George Constanza faria nessa situação?  (É um personagem da série Seinfeld, se você novinho(a) ainda não conhece, corra atrás.

Abs/bjs.

"Dramágico"



Drama, amor de filme, algo para se morrer ou chorar diariamente, esse é um tipo de coisa que muitas pessoas buscam quando querem se apaixonar e viver intensamente um lance com alguém.

Dizem que toda essa dramaticidade será sanada depois dos 30. Acho que vai de pessoa para pessoa, já que tem os que ficam mais tranquilos, os que andam tão ocupados que fogem de tretas e DRs, os que querem a sorte de um amor tranquilo, mas também tem aqueles que sempre vão ficar no ringue, inseguros e cobrando carinho e consequentemente discutem do nada para ter alguma ação na vida.

Confundir tesão com amor e paixão com relacionamento sério são erros que todos nós já fizemos, você pode ter tido diversas histórias com os mais variados tipos de seres humanos, mas sempre fica a pergunta: Era realmente amor? Aquela ansiedade e necessidade de ter ao lado era positivo?

Ter tantas opções de redes sociais voltadas a pegação nos deixaram um tanto livres no quesito sexual, mas no afetivo ainda nos desmoronam com medo de traições, falta de sentimento, insegurança, filmes mentais que não existem e dramas desnecessários para nosso cotidiano tão atribulado.

Abs/bjs

Música: Sonic Youth - Shadow of a Doubt

Changes...



Poxa, por que aquela pessoa que tinha tanto em comum mudou? O que houve com a empatia de outrora? Pois bem, diversas vezes nos sentimos sem respostas quando uma amizade não é a mesma ou quando um affair perde o sentido.

Devemos lembrar que estamos em constante mutação e nem sempre as pessoas podem nos acompanhar. Nosso ritmo, ambições e valores muitas vezes mudam para podermos nos adaptar a vida na máquina urbana capitalista.

Durante nossa existência temos o tesouro de ter amigos que nos acompanham por diversas fases, ex namoradas (os) que conseguem nos ter na friendzone e aqueles conhecidos que sempre serão uma grata surpresa quando trombarmos na rua, no bar ou algum lugar inusitado.

Também tem os vampiros de energia, os que nos usam para despejar seu lixo emocional, que nos culpam e preferem ficar no conforto do papel de vítima e problemático (a) charmoso (a). Se esses tipos se afastam, agradeça e não se sinta mal pois sua vida voltará a ter a leveza e simplicidade de tempos atrás.

Já insisti em amigos e relações destrutivas, mas hoje em dia prefiro deixar cada um procurar seu destino. A vida é curta demais para perdermos tempo com drama, briga e egoísmo alheio. 

Abs/bjs.

Música: Tears for Fears - Change

Ei, seu viadinho comunista!


Essa história é velha, mas vale lembrar: Quando criança apanhava num colégio de freiras porque andava com bottons na minha jaqueta com mensagens pelo fim do Apartheid e pelos Direitos Humanos. 

Tinha apenas 7 anos, mas minha mãe me elucidou sobre diversos assuntos. Era chamado de "viadinho", "comunista", etc. Os bullies que me agrediam hoje em dia viararam os Haters de redes sociais. Na boa? Se ser viadinho é não ser um imbecil racista, misógino e homofóbico, então eu sou um...e com muito orgulho. 

Abs/bjs. 

Louca do #tbt


Para quem não tem entendido a piada sobre #tbt de verdade. Pois bem, no final de 2015 surgiu um perfil de uma moça que adicionou diversos amigos produtores, djs, músicos e eu fui incluso na lista. A pessoa mandou mensagens se apresentando de uma maneira convincente e bem articulada.

Só que na sua timeline pintavam fotos que eram tão bem tiradas e tratadas que já denunciavam ser um "catfish". Eis que um dia na conta de Instagram surgiam fotos da pessoa não revelando o rosto e aí ela posta uma foto do Coachela com a tag #tbt saudades desse dia. Na foto estavam modelos famosas da Victoria Secret com look boho no festival. Nesse momento a "queridinha" foi desmascarada e virou uma piada que já não é tão interna assim.

Dessa maneira, podem postar seu #tbt imaginário. Sonhar é permitido, mas tentar enganar tantas pessoas dessa maneira é caso de tratamento.


abs/bjs.


Antagonismo ambulante



Antagonismo ambulante; assim deveriam ser classificados alguns tipos que bradam a revolução do amor líquido, da autosuficiência, mas agem como sociopatas nas caixas de mensagens pedindo um grau de atenção que seria dado a um (a) namorado (a), esposa (marido) ou amigo (a) de anos.

Isso se explica pela falta de contato com a vida real, falta de relações sinestésicas e o mais complicado, falta de atenção de pais que vieram de uma geração culpada e não deram limites a seus filhos os iludindo que eles são o centro do universo e podem tudo.

Não se pode obrigar ao outro lhe dar atenção em demasia, nem uma amizade de anos por curtir uma foto ou ter visto, ou ficado, apenas uma vez na vida. Conheço muita gente bacana de 20 e poucos que tentam compreender a vida, as pessoas e ao mesmo tempo uma horda de robôzinhos mimados, birrentos que querem diariamente serem adorados nos seus tronos atrás de suas redes sociais.

A boa notícia, é que as pessoas crescem, mudam, envelhecem e dão uma revisada nos conceitos, mas tem gente que não muda e aí é hora de deixar a vida ensinar e sair de cena e do perfil.

Abs/bjs.

Boateiros e boatarias



Ser vítima de boatos, mentiras e fofocas...quem nunca? Elas voam por aí sendo lançadas ao ar por pessoas que no fundo queriam fazer parte de sua vida, nutrem um recalque ou simplesmente não vão com a sua cara pois o santo não bate.

Quem me conhece no dia a dia morre de rir das coisas que outras pessoas falam de mim, nas festas, nas redes sociais ou nas conversas particulares. Já ouvi que tive caso com pessoas que nunca vi na vida, que peguei não sei quem, que fui visto em tal lugar muito doido, que eu vou mandar a merda se vierem falar oi, que mantenho um cutelo escondido para assustar quem começa a me aborrecer, etc.

Eu nunca vou dizer que são mentiras ou verdades, apenas concordo com tudo. Afinal, o personagem é o que interessa aos boateiros de plantão e não Alexandre Bezzi que meus amigos, colegas de trabalho e pessoas próximas conhecem.

Posso parecer meio doido, um tanto excêntrico e manter um semblante sério, mas garanto que não trato mal ou viro a cara pra ninguém de graça.

Abs/bjs.

Música: Fun Boy Three - Our Lips Are Sealed 

Vivendo pelo outro



Meu ídolo é minha vida, meu namorado é minha vida, minha esposa é minha vida; frases que todos falamos e ouvimos, mas perceberam algo sinistro e até triste nelas?

Basicamente a pessoa transfere a alguma figura da mídia ou pessoa próxima seu motivo de acordar e respirar diariamente. Parecendo que se ela encarar que deve viver por ela traga um vazio e desespero em continuar vivendo.

Ninguém, repito, ninguém deve fazer do(a) outro (a) sua realização pessoal. Quando a pessoa se vai, caímos num abismo de proporções bíblicas e o caminho para sair dele pode ser doloroso e longo. 

Então, ame, admire, goste, mas não coloque toda sua esperança num ser humano que assim como você, tem suas qualidades, encantos, defeitos e limitações. Foque no que te inspira, em algo que lhe dá alegria, sem cair no egocentrismo e na vaidade exagerada. E parem de achar que um ídolo ou relacionamento são as respostas para problemas e carências. 

Abs/bjs.

Música: Juliana Hatfield - I Got No Idols

Curtição sem noção



Curtidas em fotos, um taboo que afeta boa parte das pessoas comprometidas que são hard users de redes sociais. Existem diversos tipos delas, a que você simpatiza com a pessoa, a que você gostou do link, música e texto, a que você está secretamente em “crush”, a escancarada que você já gosta ou quer ficar com a pessoa e a curtida para ter curtidas de volta. No fim, todos curtimos e queremos ser curtidos.

Há o episodio de um casal em que as redes acabaram com seu relacionamento e terminou numa baixaria pública com direito a brigas em locais movimentados a xingamentos no mural dos amigos dos amigos. Ela se irritava com o fato de seu noivo postar fotos de mulheres saradas nuas em seu instagram e de que ele curtia fotos e comentava coisas num tom “cafajeste”no facebook seguido dos grupos de nudes no whatsapp. A moça vinha de um histórico de baixa autoestima e com muito esforço conseguiu ficar magérrima e em forma, mas não conseguia ficar como as “panicats” que seu amor tanto idolatrava nas fotos.

Diariamente rolavam brigas que se extendiam por dias e semanas sobre: porq ue você curtiu a foto daquela rapariga? Por que você adicionou aquela mina que eu não gosto? Por que não tem nenhuma foto minha no insta e só de gostosa tatuada? Com quem você fala tanto no Whatsapp? Enfim, vocês vão achar que a moça é uma possessiva doente. Mas lhes digo. Se o rapaz tivesse um pouco mais de tato com sua noiva, iria dar um breque no seu comportamento autoafirmativo/compulsivo.

Todos somos livres, ninguém é nosso dono, mas há de se ter “semancol” e apreciar seu (sua) companheira (o) e não coloca-lo (a) de lado. Também não vá virar o irritante do casal, sabe aquelas pessoas que postam TODO dia que se amam e como são felizes? Desconfie disso também. Esses casais terminam na mesma velocidade que as estações do ano.

Voltando ao casal; eles quebraram tanto o pau que tiveram que se separar, as brigas online continuaram por um semestre, o noivo entrou em todos apps de encontros, saiu com uma mina que achou bacana, tolerante e em menos de uma mês estavam namorando. Pouco tempo depois ela pediu para que ele parasse com as fotos do insta e todo comportamento que havia implodido seu noivado...ela também se mandou e parece que agora ele se encontra num relacionamento sério com sua própria mão. 

Abs/bjs.

Sorry



Porque pedir desculpas é tão difícil para alguns e tão natural para outros?

Pois bem, todos nós temos algum amigo, familiar ou pessoa amada que após fazer alguma cagada ou nos chatear não conseguem dizer que se arrependeram. Como se algo fechasse suas bocas ou uma gagueira crônica tomasse conta de seu ser. Sempre fui do tipo que pede desculpa e tenta não repetir a mesma idiotice, e sim, já fiz muita imbecilidade na vida e por algum milagre consegui consertar (na maior parte das vezes).

Mas tem gente que prefere te dar um presente, pagar algum drink, dar um tapinha nas coistas ou fingir demência momentânea para se absolver. Cada um tem seu jeito de lidar com as mágoas alheias. Você tem que escolher se quer por perto alguém que saiba se expressar ou alguém que por limitação, ou orgulho, nunca vai admitir seus erros. 

abs/bjs.

Música : Morrissey - Suedehead


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Lime a expectativa



Expectativa, uma palavra que soa decepcionante em muitos casos. Ela é  responsável de perdermos o sono, minutos do dia e criarmos um sitcom em nossa mente. Fala-se muito em cortar as expectativas da vida para sermos felizes, mais plenos e de boa. É um tanto difícil. Tão complicado quanto seguir uma doutrina que pregue não falar um palavrão diário.

A gente sempre espera que vá rolar aquele job, que vá pintar uma coisa bacana ou que aquele crush finalmente desenrole, mas quanto mais ficamos pensando, e preocupados, mais as coisas atravancam e não andam.

Pensem; ninguém tem poderes para mudar a história, humanos erram e o mercado profissional anda meio maluco. Logo, respire fundo, entregue ao universo e mantenha a cabeça fria. Não deixe a ansiedade e o nervoso destruírem sua saúde mental e física. 

E quando for reclamar, pense duas, três vezes pois sua palavra define o que você vai ser. Eu costumava reclamar, amaldiçoar, e de uns anos pra cá limei esse hábito da vida e muita coisa mudou. Sério.

Abs/bjs.

Forçações de barra



Estava lembrando de um caso que uma querida amiga passou há um tempo atrás. Por ser uma pessoa articulada, simpática e carinhosa no tato com os amigos, às vezes, ela se mete em uma ou outra encrenca. Eis que ela foi numa festa e na roda de amigos cumprimentou todos, deu abraços e também foi extremamente solicita com uma das pessoas que não conhecia direito. 


Enfim, dias depois o rapaz que já se encontrava em suas redes sociais encheu sua caixa de mensagens com pedidos para sair de uma maneira, um tanto, imperativa. Como se ela tivesse a obrigação de ficar com o ele porque havia sido educada. E como ele é um “figurão” de uma cena, a palavra “não” era proibida de usar. Educadamente ele respondeu: “O fato de eu ter sido sociavel e educada porque você estava na mesma roda que meus amigos não lhe dá o direito de me mandar grosserias e me obrigar a ficar com você. Não me interessa seu status e fama na cena e sim que você é um mal educado. Boa sorte.”

O engraçado é que não só as mulheres passam por isso. Sim, é possível. Ou vocês acham todo homem é um predador em potencial? Revejam seus conceitos pois de todos os lados tem as pessoas de boa e aquelas que não querem nunca sair no placar 0x0 mesmo que forcem a barra ou para defenderem o orgulho difamam a pessoa.

Eu já tomei não, dei não e acho que não há motivo para nutrir mágoa da pessoa. Lembrem-se que existem milhões no mundo. Algumas vezes não quis ficar com alguém e isso me custou desde xingamentos online a fofocas sobre minha sexualidade e caráter. Mas acho assim, acredita quem quer. Eu durmo tranquilo todos os dias, e você?  Ser chamado de viadinho, broxa, puta, frigida, vadia...são a hipérbole do recalque. Saiba diferenciar o que é ser legal com “ei, tô a fim de você”. É tão simples e evita uma série de constrangimentos futuros. 

Abs/bjs 

Faça com paixão



Fazer as coisas com paixão sempre nos dão aquela esperança e força de que aquilo vai ter bons frutos e durar por muitos anos em nossa vida. Na teoria isso parece lindo e romântico, já na prática é outra história. 

A paixão é como o combustível de nossas vontades e pode nos cegar por um momento. Nessas horas em que o coração fala mais alto fazemos as maiores cagadas no lado emocional. Quem já não se viu um período encantado por alguém que no fim não tinha nada a ver ou simplesmente não estava na mesma pegada?

Temos que ser responsáveis pelo que amamos, mas não devemos ficar idealizando o outro. Cada pessoa é um universo, um filme, um livro. Basta focar no lado bom e real de cada um.

Não perca tempo com alguém que exija que você mude só para agrada-la. Já ouvi gente querendo que eu mudasse de trabalho, tirasse o cavanhaque, mudasse os óculos, cobrisse as tatuagens, me vestisse mais coxinha...pois bem, eu preferi mudar de direção e deixar essas pessoas irem atrás de alguém mais apropriado. Se você se banca do seu jeito, de uma forma honesta e não prejudica terceiros, não tem porque mudar isso, a não ser se for para aprender coisas novas para evoluir como ser humano.

Enfim, paixão é muito bonita na ficção ou no início de um relacionamento afetivo, mas ela passa. Amor é algo raro, mas se acontecer (espero com todos vocês), aquilo dura uma vida. Igual meu amor por música, cultura pop, entes queridos e amigos.

Abs/bjs

Quando fiquei um tempo solteiro



Quando você afirma com tranquilidade que está solteiro (a) há mais de um ano, geralmente, causa um ar de espanto e curiosidade nas pessoas. Mesmo com toda a moda do desapego e poliamor há quem precise estar com alguém. Se você procura uma companhia para preencher espaço nas fotos do instagram, mudar status ou esquecer um antigo amor, mude já sua atitude. Uma coisa é se apaixonar e aquilo gradativamente virar amor e compromisso (sem sufocamento), outra é se enganar e encher ambos os lados de ilusão.

Tem uma hora que temos que nos respeitar, ficarmos só (mas não solitários) e focar em outras coisas. Só quando aprendemos a dar esse tempo que estamos realmente prontos para amar e ceder sem pressa e sem nos importar com julgamento de terceiros. Vejam mais seus amigos, tentem gostar do que fazem no dia a dia, dê mais atenção para os entes queridos, leia mais, ouça música, assista filmes que sempre tiveram vontade,caminhem no horário de folga, e não tenham desespero por causa de idade e pressão da sociedade. Amor não pode ser reduzido a uma foto ou declaração em timeline. Tenham seu tempo. 

Abs/bjs.

Ser" livre"



Quando você ouve “ser livre”, o que vem a sua cabeça? Alguém sem compromisso, libertino que não respeita a pessoa com a qual está se relacionando? Errou. Liberdade significa não alimentar sentimentos de posse e obssessão, que são o princípio do fim de boa parte de rolos, namoros e casamentos.


Não há nada de errado em querer a pessoa que você gosta perto, mas é preciso entender que sendo um indivíduo, ela precisa daquele tempo sozinha para fazer suas coisas ou alguns dias para ver seus amigos família e não viver como o coadjuvante de alguém.


Já me relacionei com extremos. Gente fria sem tato e gente obssessiva que não me dava sossego nenhum. Também já estive no papel do ciumento chatão e do desencanado (mas nem tanto). O que aprendi nisso tudo? Equilíbrio é

fundamental. Tão importante como o amor, trocas de carinho públicas e a hora do chamego após uma semana de estafa.

Tem casais que conseguem morar juntos e não se sufocar e outros que preferem espaços separados para não incomodar a rotina alheia.


Não confundam liberdade com promiscuidade e desrespeito. Se a pessoa te ama, ela volta. E se sempre houver respeito, amizade e cumplicidade, a história pode durar muitos bons anos.


Abs/bjs.




De volta ao Blog, ou uma volta aos anos 2000 sem usar regressão.



Eis que volto ao universo blog. Numa época de Youtubers e realezas do Snapchat, vou pagar o mico, ou não, de deixar minhas postagens arquivadas por aqui.

Muitos que estão na casa dos 26 aos 40 devem se lembrar de mim pelo meu trabalho como DJ (que perdura desde 1999) e jornalista musical, que foi iniciado em 2000, mas certamente meu nome soará familiar quando procurarem no Google, Bing (alguém usa isso no Brasa?) e Yahoo (das antigas esse) uma música do início dos anos 2000 intitulada "Bezzi" do grupo indie CSS.

Sim, além de ser o cara daquela faixa tive trabalhos como trilheiro, residente de clubes, criação de estampas, colunas musicais e textos que iam de comportamento a culinária de sobrevivência.

Seja bem vindo (a).

Abs/bjs.